“Os seres humanos tem uma visão distorcida da realidade. No mito, os prisioneiros somos nós que enxergamos e acreditamos apenas em imagens criadas pela cultura, conceitos e informações que recebemos durante a vida.” (Platão / 428 a.C – 348 a.C )
O Mito da Caverna ou Alegoria da Caverna é uma metáfora elaborada por Platão que está presente na sua obra chamada A República (Livro VII). A República é um livro teoricamente político de Platão mas que disserta sobre muitos outros assuntos prementes do seres humanos e da Grécia Antiga.
O conhecimento da verdade mais profunda proporcionado apenas pelo raciocínio é condição fundamental para que um governante tenha uma boa gestão segundo Platão.
Em linha disso, o Mito da Caverna ou a chamada Alegoria da Caverna, retrata a percepção das pessoas sobre o que é a verdade, sobre o conhecimento do que é real e do que são apenas projeções sobre o que achamos ser a realidade.
“… imagina seres humanos habitando uma espécie de caverna subterrânea, com uma longa entrada acima aberta para a luz e tão larga como a própria caverna. Estão ali desde a infância, fixados no mesmo lugar, com pescoços e pernas sobre grilhões, unicamente capazes de ver a frente, visto que seus grilhões o impedem de virar as cabeças…” (Platão, 2014, p.289)
O Mito é um diálogo entre Sócrates (personagem principal), e Glauco (personagem inspirado no irmão de Platão), e é contado de forma muito curta em poucos parágrafos como um exercício de imaginação para posteriormente falar sobre educação, o papel do político e diferentes temas de estudo aos quais elevariam a alma humana ao contato com algo superior.
Sócrates constrói um exercício de imaginação com Glauco, falando para o jovem imaginar e figurar em sua mente uma situação passada no interior de uma caverna em que prisioneiros foram mantidos desde o seu nascimento, não tendo qualquer possibilidade de conhecimento acerca da existência de algo fora da caverna e até mesmo de que estão dentro de uma caverna.
Fonte:
Didaticamente para o nosso aprendizado, divido o Mito da Caverna em 6 movimentos distintos, trazendo de forma expandida os principais pontos em cada movimento para o nosso estudo de liderança.
Os movimentos são:
- Movimento 1: A saída da caverna (1a subida)
- Movimento 2: A percepção da verdade (1a saída da caverna)
- Movimento 3: O retorno à caverna para contar a verdade (1a descida)
- Movimento 4: O “resgate” do primeiro prisioneiro (2a subida)
- Movimento 5: O retorno à caverna para contar aos demais (2a descida)
- Movimento 6: A criação da corrente mestre-discípulo para libertação (todas as demais subidas e descidas)
8 Recomendações sobre este conteúdo que todo Líder precisa saber:
- Os prisioneiros são as pessoas de forma geral.
- A caverna é a realidade que cada pessoa vive.
- As sombras da caverna são o que mantém as pessoas presas à realidade.
- A libertação das correntes é o momento em que temos a oportunidade de fazer a grande mudança na nossa realidade.
- O movimento de saída da caverna é quando entramos na ação para começar a compreender a realidade.
- O fogo é o simbolismo do sol para quem está dentro da caverna. É ele quem faz ser possível a “vida” das projeções.
- A luz solar é a luz da verdade, da sabedoria.
- O retorno para dentro da caverna é a representação do amor e da bondade do ser humano para com os demais.
Sobre o Autor

Instagram: @whillianbrose
Diretor Executivo de Serviços na Senior Sistemas
Professor de Liderança e Desenvolvimento Humano
Executivo a +20 anos em empresas do Brasil e exterior
+1800 alunos formados nos últimos anos
+800 minutos de depoimentos e histórias de transformações realizadas.
MINI-BIO ACADÊMICA:
- Doutorando Profissional em Gestão e Negócios na UNISINOS/RS.
- Mestre Profissional em Gestão e Negócios na UNISINOS/RS.
- Mestre em Administration des Entreprises na Université de Poitiers/FRANÇA.
- Especialista em Ciência de Dados pelo Mackenzie/SP.
- MBA em Psicologia Empresarial pela AMF/RS.
- MBA em Gestão de Empresas de Base Tecnológica pela UNISINOS/RS.
- Bacharel em Ciência da Computação pela ULBRA/RS.
- Bacharelando em Filosofia pela UNINTER/PR.
Artigo #A030