“A agilidade começa na competência, passa pela execução sólida e termina no resultado. Isto é ser ágil!” (Fredjoger)
Existem muitas perspectivas sobre as origens da liderança ágil, algumas das quais se alinham com o advento do manifesto Ágil. Com o surgimento do desenvolvimento ágil de software, também surgiu este estilo de liderança.
Quando os mercados estão se tornando cada vez mais VUCA (voláteis, incertos, complexos e ambíguos), as organizações precisam ser capazes de responder rapidamente e lidar com todas as incertezas. Nesses mercados, a gestão tradicional é muitas vezes vista como muito lenta.
A liderança ágil dá aos times a liberdade de tomar suas próprias decisões. Tornar as equipes capazes de responder rapidamente a novas mudanças de mercado e oportunidades tecnológicas.
Isso transforma o estilo de liderança, no sentido de criar o contexto e o ambiente certos para times auto-organizados e auto-gerenciados.
Esse estilo de liderança se encaixa bem na cultura atual de dar autonomia aos colaboradores para fazer seu trabalho e não precisar a toda hora dizer às pessoas o que fazer. Em vez disso, o líder cria clareza sobre os objetivos ou o resultado desejado, deixando que as pessoas e o time descubram as melhores maneiras de alcançá-los.
O foco no cliente e no negócio do cliente é fundamental.
Os pilares da liderança ágil
A essência da Liderança Ágil é você criar o ambiente certo para que as equipes autogerenciadas prosperem, e isto se dá segundo Peter Konning em quatro grandes frentes integradas por propósitos e valores sólidos.
São eles:
Foco no Cliente:
Objetivo: cocriar uma direção inspiradora focada no cliente.
Os clientes esperam cada vez mais serviços das empresas. É essencial que um líder ágil sintonize seus times de forma otimizada com os clientes e as jornadas do cliente.
Senso de Propriedade (times como donos):
Objetivo: facilitar para que as equipes assumam a responsabilidade.
Quando seu time assume a responsabilidade, isso significa que os membros do time são proativos, orgulhosos, iniciantes e engajados. Eles não esperam por suas tarefas, mas eles mesmos tomam a iniciativa. É responsabilidade do líder que as equipes assumam a responsabilidade. O desafio para um líder ágil: encontrar o equilíbrio entre microgestão e liberdade total.
Ciclo de Aprendizado Rápido:
Objetivo: criar um ambiente seguro para aprender, falhar e melhorar.
O produto ou serviço de hoje pode não se encaixar no desafio de amanhã. Como é difícil planejar para o desconhecido, sua organização precisa oferecer soluções flexíveis e ágeis. Isso só é possível com colaboradores com várias habilidades em times especializados que trabalham em estreita colaboração.
Ambiente e Hábitos Saudáveis:
Objetivo: projete, construa e melhore uma cultura saudável na organização.
O trabalho de um líder ágil é visualizar, moldar e melhorar continuamente a cultura ideal da empresa. Você pode conseguir isso dando consistentemente um bons exemplos e discutindo quais hábitos ajudam ou atrapalham a cultura da empresa e do time.
Divergência e convergência
Para Marc Solga, um líder ágil precisa promover simultaneamente a divergência e a convergência.
O primeiro envolve permitir e explorar uma infinidade e diversidade de opções e possibilidades para aumentar a adaptabilidade, ou seja, promover a capacidade de resposta, a flexibilidade e a velocidade para lidar efetivamente com mudanças dinâmicas e desafios disruptivos (o componente “capacitar”).
Este último envolve a promoção do alinhamento com metas e padrões abrangentes, bem como o alinhamento entre times e pessoas.
Solga (2021) define três práticas de “alinhamento” e três práticas de “empoderamento” que exploram os aspectos de convergência e divergência dos times.
Práticas de “alinhamento” do Líder Ágil:
- Motivar: alinhamento emocional do time.
- Infundir (valores, compromisso e propósito): alinhamento normativo do time.
- Foco: alinhamento de atividades do time.
Práticas de “empoderamento” do Líder Ágil:
- Facilitar: Fornecer recursos, remover obstáculos, permitir a auto-organização e dar autonomia para a tomada de decisões do time.
- Coach: Permitir que pessoas e times se ajudem e cooperem efetivamente a partir dos seus diferentes conhecimentos, ou seja, um empoderamento focado na competência das pessoas.
- Inovar: construir soluções a partir da criatividade inerente de cada um.
A partir destes 6 aspectos o Líder Ágil constrói uma cultura ágil onde times possuem um direcionamento claro com autonomia e foco em resultados.
Sobre o Autor

Instagram: @whillianbrose
Diretor Executivo de Serviços na Senior Sistemas
Professor de Liderança e Desenvolvimento Humano
Executivo a +20 anos em empresas do Brasil e exterior
+1800 alunos formados nos últimos anos
+800 minutos de depoimentos e histórias de transformações realizadas.
MINI-BIO ACADÊMICA:
- Doutorando Profissional em Gestão e Negócios na UNISINOS/RS.
- Mestre Profissional em Gestão e Negócios na UNISINOS/RS.
- Mestre em Administration des Entreprises na Université de Poitiers/FRANÇA.
- Especialista em Ciência de Dados pelo Mackenzie/SP.
- MBA em Psicologia Empresarial pela AMF/RS.
- MBA em Gestão de Empresas de Base Tecnológica pela UNISINOS/RS.
- Bacharel em Ciência da Computação pela ULBRA/RS.
- Bacharelando em Filosofia pela UNINTER/PR.
Artigo #A161