“A tarefa fundamental dos líderes é instalar bons sentimentos naqueles que lidera.” (Daniel Goleman)
“A Inteligência interpessoal consiste na capacidade de compreender os demais, quais são as coisas que mais os motivam, como trabalham e a melhor forma de cooperar com eles.” (Daniel Goleman)
Este estilo de liderança foi formalizado por três grandes professores e estudiosos da área de psicologia, comportamento organizacional e lideranças: Daniel Goleman, Richard Boyatzis e Annie McKee.
A liderança ressonante em resumo significa estar sintonizado com o sentimento das pessoas (liderados) e as conduzir para uma direção emocionalmente positiva.
Líder ressonante vs líder dissonante
O quadro abaixo difere o que é um líder ressonante e o seu oposto, a liderança dissonante.
O líder ressonante:
- Engaja através de um propósito;
- O líder atua próximo ao time;
- É empático e entende os diferentes pontos de vista, sem fazer julgamentos;
- Conhece as pessoas, valoriza e reconhece o time;
- Transmite informações e comunica sempre de forma ampla e explicando o porquê.
O líder dissonante:
- É frio com as pessoas;
- Lidera longe do time e tem uma distância emocional com as pessoas;
- Tem tendência a julgar e achar culpados como forma de garantir que problemas não voltem a ocorrer;
- Não consegue gerar vontade, engajamento e motivação, sendo assim, tem como única alternativa usar o poder, o autoritarismo e a liderança baseada no medo;
- Não contextualiza e não explica as coisas com clareza o se comunicar.
Inteligência emocional
A liderança ressonante, traz consigo como ponto central o conceito de inteligência emocional. Para os autores ela é ao mesmo tempo o ato inicial e o ato mais importante de liderança (GOLEMAN, BOYATZIS, MCKEE, 2018).
Em resumo, a liderança ressonante engloba a inteligência emocional, mais seis estilos de liderança que o líder poderá representar para ter ressonância com os envolvidos.
Segundo os autores, a inteligência emocional possui quatro fundamentos, ou seja, quatro grandes habilidades que o líder ressonante precisa ter:
- Autoconsciência (competência pessoal): significa ter conhecimento profundo das próprias emoções, bem como das próprias forças e limitações e dos próprios valores e motivos.
- Autogestão (competência pessoal): o impulso dirigido de que todos os líderes precisam para alcançar objetivos.
- Consciência social (competência social): em resumo é a empatia e a consciência da empresa.
- Gestão de relacionamentos (competência social): saber lidar com as emoções alheias, ou seja, ter uma habilidade social.
Os 6 estilos de liderança
Tendo como fundamento a inteligência emocional, a liderança ressonante torna-se eficiente pois, assim como a liderança situacional, compreende que o líder precisa se adaptar e agir de forma diferente dependendo do contexto ao qual está inserido.
“os melhores e mais eficientes líderes agem de acordo com uma ou mais de seis abordagens de liderança e habilmente mudam o estilo dependendo da situação” (GOLEMAN, BOYATZIS, MCKEE, 2018, p.66)
Os 6 estilos de liderança apresentados pelos autores ao qual o líder ressonante varia sua forma de atuação são:
- Visionário:
- “Cria ressonância mobilizando pessoas em direção a objetivos compartilhados.”
- “É indicado quando as mudanças exigem uma nova visão, ou quando uma direção clara é necessária.”
- Treinador:
- “Cria ressonância vinculando o que uma pessoa deseja com os objetivos da organização.”
- “É indicado para ajudar um funcionário a melhorar seu desempenho desenvolvendo habilidades de longo prazo.”
- Afetivo:
- “Cria ressonância pela harmonia conectando pessoas.”
- “É indicado para curar problemas na equipe, motivar em tempos estressantes, ou fortalecer ligações.”
- Democrático:
- “Cria ressonância valorizando a contribuição pessoal e consegue a dedicação por meio de participação.”
- “É indicado para conseguir apoio ou consenso, ou contribuições valiosas de colaboradores.”
- Modelador:
- “Cria ressonância enfrentando desafios e alcançando metas estimulantes.”
- “É indicado para obter resultados de alta qualidade de uma equipe motivada e competente.”
- Coercitivo:
- “Cria ressonância acalmando temores traçando um rumo claro numa emergência.”
- “É indicado numa crise, para dar o pontapé inicial em um momento de grandes mudanças ou para resolver problemas com colaboradores.”
A partir destes diferentes estilos, o líder ressonante se adequa para que consiga conectar com as pessoas e atingir os resultados propostos pela organização.
Não há estilo pior ou melhor, mas os estilos Modelador e Coercitivo podem criar dissonância se não usado adequadamente.
Sobre o Autor

Instagram: @whillianbrose
Diretor Executivo de Serviços na Senior Sistemas
Professor de Liderança e Desenvolvimento Humano
Executivo a +20 anos em empresas do Brasil e exterior
+1800 alunos formados nos últimos anos
+800 minutos de depoimentos e histórias de transformações realizadas.
MINI-BIO ACADÊMICA:
- Doutorando Profissional em Gestão e Negócios na UNISINOS/RS.
- Mestre Profissional em Gestão e Negócios na UNISINOS/RS.
- Mestre em Administration des Entreprises na Université de Poitiers/FRANÇA.
- Especialista em Ciência de Dados pelo Mackenzie/SP.
- MBA em Psicologia Empresarial pela AMF/RS.
- MBA em Gestão de Empresas de Base Tecnológica pela UNISINOS/RS.
- Bacharel em Ciência da Computação pela ULBRA/RS.
- Bacharelando em Filosofia pela UNINTER/PR.
Artigo #A160