“Os indivíduos produzem mais quando sabem o que fazer, que autoridade têm e quais são suas relações com as outras pessoas na organização.” (Lawrence A. Appley)

O que é um organograma?

Acredita-se que os primeiros organogramas foram criados em torno de 1856 pelo americano Daniel C. McCallum, um administrador de ferrovias.

Um organograma é uma visão que representa a estrutura formal da empresa (ou área), em um determinado momento do tempo.

Entre tantos tipos de organogramas existentes, o organograma clássico tem como objetivos demonstrar:

• A divisão do trabalho;
• Destacar a relação formal de líderes-liderados (ou superior-subordinado);
• A delegação de autoridade e responsabilidade;
• Evidenciar o trabalho desenvolvido em cada unidade (tipo de trabalho, cargos existentes, quantidade de pessoas) e;
• Facilitar a análise organizacional.

O organograma foi criado essencialmente para:

“dar representação gráfica às relações entre cargos na organização, o organograma tem, basicamente, duas partes interligadas – linhas e retângulos, sendo que as primeiras representam o fluxo da autoridade na organização e os últimos os cargos entre os quais flui a autoridade.” (Yolanda Ferreira Balcão)

Para Ernest Dale à construção do organograma deve sempre preceder:

“um estudo da departamentalização existente, das subdivisões mais importantes, das relações e dos títulos de cargos. [ … ] Cada cargo administrativo deve estar representado num retângulo. [ … ] O retângulo deve conter o cargo do administrador, o título geral de sua função e, se possível, o nome do departamento ou divisão. [ … ] Em muitos casos o retângulo contém também o nome da pessoa que exerce o cargo.”

Segue abaixo um detalhamento de cada elemento presente tipicamente nos organogramas clássicos.

Hierarquia funcional

A hierarquia funcional são os diferentes níveis que um organograma possui.

Os níveis mais altos representam cargos mais elevados ou as grandes áreas da represa.

Os níveis mais baixos do organograma podem representar colaboradores que não possuem nenhum liderado formal ou áreas que não possuem nenhuma subárea atrelada.

Na figura, é representada pelo eixo vertical.

Divisão horizontal do trabalho

A divisão horizontal representa o quão departamentalizada é a empresa ou o quanto diferentes gerentes possuem pessoas onde o trabalho é segmentado, delegado ou dividido.

Na figura, é representada pelo eixo horizontal.

Unidades de trabalho (pessoas, cargos, áreas…)

As unidades de trabalho são os retângulos no organograma. Você pode criar uma visão de áreas, pessoas e seus cargos ou outras visões em que deseja representar uma hierarquia.

Não há uma regra rígida quanto a isso, porém, para facilitar a compreensão, não é recomendado misturar as diferentes unidades de trabalho como por exemplo, às vezes um retângulo possuir o nome de uma pessoa, outro tem o nome de uma área, outro tem apenas o nome de um cargo, etc. Neste caso, seu organograma pode ser confuso de ser compreendido.

Linhas de comunicação formais

As linhas que unem as unidades de trabalho (retângulos), representam as conexões entre áreas ou pessoas e a autoridade que os níveis mais altos possuem sob os níveis mais baixos no organograma.

Quando não há uma linha de comunicação direta entre os retângulos, não há hierarquia funcional diretamente estabelecida entre elas.

Em termos de responsabilidade, em última instância a responsabilidade por todas as pessoas (ou áreas), de um nível mais baixo é de quem está imediatamente acima no organograma.

5 Recomendações sobre este conteúdo que todo Líder precisa saber:

1. Como líder você precisa obrigatoriamente:
   • Conhecer o organograma das áreas da empresa e saber onde você está posicionado nele;
   • Conhecer o organograma da sua área e compreender “quem é quem” na estrutura da organização;
   • Compreender quem responde para quem na empresa através do organograma.
   • Ter um organograma da sua área ou time (dependendo do tamanho da equipe), e dar clareza à sua equipe sobre o mesmo.
2. Não deixe dúvida no seu time quanto às posições ou cargos formais dentro da área, ou seja, quem responde para quem. As pessoas precisam ter clareza de quem são seus líderes formais, saber quem acima procuram para pedir uma dispensa ou para alinhar algum ponto específico necessário.
3. Como líder, caso você esteja informalmente colocando alguém para exercer uma posição de liderança junto aos demais que esteja em um mesmo nível hierárquico ou algum nível abaixo, NUNCA deixe de avisar o seu time quanto a esta ação. Caso contrário, você poderá criar conflito na equipe pois não vão compreender a razão da pessoa designada por você assumir uma posição de liderança.
4. Compreenda se a sua empresa possui a chamada “política de portas abertas”, onde a escalação é algo permitido. A escalação acontece quando você salta um nível superior para alinhar algum ponto ou reclamar sobre algum tema, sem antes falar antecipadamente com o nível imediatamente acima. Ex.: estou no nível 1 e procuro um gestor superior no nível 3, sem alinhar com o nível 2. Por mais que as empresas incentivem que isso possa ser feito, no exemplo dado, certamente o profissional que está no nível 2 não irá concordar muito com você ter tomado essa ação. Uma coisa é a empresa incentivar, outra coisa é as pessoas gostarem que isso seja feito. Avalie caso a caso, pois dependendo do tema, isso poderá ser uma necessidade.
5. Mantenha uma excelente relação profissional com pelo menos dois níveis acima de você no organograma: seu superior direto e o superior dele. Quando você constrói essa relação e a mantém saudável, a probabilidade de você crescer na empresa será maior. Manter uma excelente relação não é “puxar o saco”, é trabalhar, desenvolver confiança, entregar bons resultados e manter um bom relacionamento interpessoal.

Artigo #A038