“Às vezes sabedoria é apenas calar e observar.” (Anônimo)
“Comece a observar, e permita-se mudar.” (Edenilson Montessi)
“Tenho aprendido a silenciar. A observar as coisas que acontecem ao meu redor de boca fechada. Dizem que quando poupamos um sentido, aguçamos os outros. Nesse caso, o meu silêncio tem deixado a minha visão mais apurada. Eu tenho conseguido olhar mais para dentro. E estou ouvindo melhor, também. Com mais atenção. Quando falamos demais, perdemos a oportunidade de distinguir o barulho, da música. O verdadeiro, do falso. O exagerado, do suficiente. Porque muitas das vezes, não precisamos dizer absolutamente nada. Por isso, o silêncio tem sido a minha mais reveladora resposta.
E isso é precioso..” (Edgard Abbehusen)
No princípio 1 da Comunicação Não Violenta (CNV) deve ocorrer a distinção entre observação e juízo de valor.
Temos tendência a ouvir situações e julgar sem muitas vezes compreendermos todos os fatos, ou seja, construir a visão do que entendemos a partir da nossa ótica de enxergar as coisas.
O julgamento portanto é baseado em uma percepção da realidade de acordo com as nossas “lentes” tanto individuais como sociais.
No princípio da Observação, precisamos saber isolar o fato que observamos ou a informação que chega até nós, do nosso julgamento antecipado ou de uma interpretação preliminar sobre o que achamos.
Se um gerente X diz para uma pessoa Y: “O Fulano é muito incompetente, sempre preciso ficar repetindo as mesmas coisas. Já não aguento mais e estou pensando seriamente em demiti-lo.”
Nesta frase há um julgamento “incompetente”, então o ponto aqui é, quais fatos objetivamente aconteceram para que a pessoa Y realmente entenda que há incompetência na situação apresentada pelo gerente X?
A pessoa Y não pode tomar verdade o que o gerente disse simplesmente aceitando a frase.
Será que o que está acontecendo são de fato erros do “Fulano” ou existe algum tipo de problema de relacionamento entre o gerente e esse colaborador?
Será que de repente um pequeno atraso para uma reunião, um erro de ortografia num texto ou o colaborador ter passado 10 minutos do seu horário de intervalo não está sendo confundido com incompetência?
Será que o gerente não está procurando criar uma situação para desligar o colaborador utilizando justificativas erradas?
A pessoa Y não pode aceitar nem rejeitar sem antes observar a situação real e construir uma visão mais ampla da situação.
O ponto então é, quais os fatos reais existentes para que conclusões corretas possam ser tiradas? Esse é o princípio 1 da CNV.
4 Recomendações sobre este conteúdo que todo Líder precisa saber:
- Sua primeira ação deve ser observar o que está acontecendo.
- Questione-se se a mensagem recebida (ações, atitudes, falas ou comportamentos), acrescenta algo positivo no diálogo ou comunicação.
- Observe sem julgamento e sem juízo de valor todas as pessoas no ambiente profissional, sem restrições.
- Compreenda o que lhe agrada ou desagrada diante da situação que esteja ocorrendo ou que você está ouvindo.
Sobre o Autor

Instagram: @whillianbrose
Diretor Executivo de Serviços na Senior Sistemas
Professor de Liderança e Desenvolvimento Humano
Executivo a +20 anos em empresas do Brasil e exterior
+1800 alunos formados nos últimos anos
+800 minutos de depoimentos e histórias de transformações realizadas.
MINI-BIO ACADÊMICA:
- Doutorando Profissional em Gestão e Negócios na UNISINOS/RS.
- Mestre Profissional em Gestão e Negócios na UNISINOS/RS.
- Mestre em Administration des Entreprises na Université de Poitiers/FRANÇA.
- Especialista em Ciência de Dados pelo Mackenzie/SP.
- MBA em Psicologia Empresarial pela AMF/RS.
- MBA em Gestão de Empresas de Base Tecnológica pela UNISINOS/RS.
- Bacharel em Ciência da Computação pela ULBRA/RS.
- Bacharelando em Filosofia pela UNINTER/PR.
Artigo #A208